Por séculos uma batalha colossal tem sido travada entre a religião e a ciência, como se houvesse um antagonismo entre ambas e que pertencessem a mundos à parte. Porém, de acordo com Ellen Gold White, a verdadeira Ciência está em consonância com as Escrituras Sagradas, que estuda a maior de todas as ciências, Ciência da Redenção. No entanto não se pode negar que essa batalha é real, travada nossa mente e no coração humano. As discordâncias entre religião e ciência, não se dá a respeito dos fatos, ‘mas sobre a interpretação’ dos mesmos. Para alguns o Universo e a vida se desenvolveram por si mesmos, como resultado de uma série de acidentes cósmicos que se desencadearam ao longo de milhões de anos. Em contrapartida, como diz Roth: “Muitos acham difícil acreditar que o homem e todas as complexas formas de vida ao seu redor, juntamente com a Terra e um Universo que tão adequadamente os sustentam, se tornaram organizados por si mesmos. Também a habilidade de pensar, perceber, esperar e ter preocupações, entre muitos outros atributos, parece estar além de um simples processo evolutivo mecanicista.” (Origens, p. 23). A Bíblia se opõe peremptoriamente à cosmovisão naturalista, e logo no início de sua narrativa em Gênesis 1:1 declara que Deus é o Criador. De acordo com a Bíblia, o homem não evoluiu de uma ameba, nem é descendente dos símios. Ele é um projeto divino. Deus não somente o Criador, mas, o Mantenedor, da vida, porque nele foram criadas todas as coisas e por meio dele tudo subsiste, “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.” (Atos, 17:28).
___Fonte: Antonio Carlos Lemos Cruz
ATIÇANDO A CENTELHA
Os pioneiros da ciência eram homens crentes da existência do Criador como afirma o Dr. Ariel A. Roth: “Nossos cientistas pioneiros faziam boa ciência, e para eles a ciência era a descoberta dos princípios que Deus havia estabelecido na natureza” (Origens, p. 50). O próprio Newton “considerado por alguns como o maior cientista que já viveu, era também um profundo estudioso da Bíblia” Idem, p. 49. Ele escreveu “extensamente sobre as profecias bíblicas de Daniel e Apocalipse. Newton cria profundamente que Deus é o Criador e que a natureza nos dá conhecimento sobre Deus.” Ibidem.
A ciência não é exata. O doutor Thomas Kuhn em seu artigo A Estrutura das Revoluções Científicas desafiou a autoridade da chamada “percepção imaculada” da ciência. Ele propôs que “a ciência, em vez de representar o acúmulo de conhecimento objetivo, é mais a adequação de dados sobre conceitos amplamente aceitos ‘que por um tempo propiciam problemas e soluções modelo” citado por Roth, p. 39. Kuhn chamou essa ideia de paradigmas. Os paradigmas são visões abrangentes que podem tanto ser falsas como verdadeiras, mas aceitas como verdade. É evidente, diz Roth, que “Kuhn não ganhou a simpatia da comunidade científica ao rotular uma mudança de paradigma como uma ‘experiência de conversão”Origens, p. 40. O físico Marcelo Gleiser, darwinista confesso, disse em uma entrevista ao canal livre na Rede de TV Band. “Em ciências não se pode afirmar nada com certeza absoluta. A ciência não funciona como verdades finais.” (Marcelo Gleiser – Físico brasileiro). Contudo, o conceito de paradigma não se restringe apenas no meio científico, ele “tem sido amplamente aceito e aplicado muito além da ciência, mesmo na teologia. A palavra paradigma, que se refere a um conceito dominante reconhecido, tornou-se uma palavra familiar nos meios acadêmicos.” Origens, p. 40.
Não podemos descartar que a ciência tem sido bem sucedida e tem oferecido uma enorme contribuição para o desenvolvimento humano, não precisamos nos demorar nisso, nem ignorá-lo. A Bíblia também é um livro incomparável em termos de influência, sua distribuição é maior do que a de qualquer competidor secular. Nem a religião nem a ciência podem ser ignoradas, e as duas devem ser consideradas para explicar os fenômenos que acontecem ao nosso redor e dentro de nós mesmo. Como diz Roth: “Quando ambas são consideradas, não somente temos um fundo mais amplo de informação, mas uma abundância de riqueza e significados.” Idem, p. 51. Como ele mesmo diz: “É perigoso formar uma cosmovisão com base em limitado campo de inquirição”. (Ibidem).
A figura ilustra a vantagem de uma abordagem ampla. |
Nesse contexto diz o Dr. Roth:
É perigoso formar uma cosmovisão com base em limitado campo de inquirição. Podemos escolher observar somente o mundo mecânico, como faz a ciência naturalista, ou sobretudo o mundo do pensamento, como faz a filosofia, mas ambas, bem como outras perspectivas, incluindo a dimensão espiritual do homem, são partes de um todo que precisa ser considerada. Idem, p. 51.
Uma das grandes barreiras para entender tanto a natureza quanto a religião é o preconceito e a ignorância constantemente alimentados. É isto que tem atiçado a centelha dessa batalha entre a religião e a ciência. A Bíblia diz em Romanos 1:20, que “... os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se conhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas criadas.” O Dr. Roth afirma que: “Em todas as investigações intelectuais, a utilização de uma abordagem ampla parece a mais sábia. Uma das tragédias da ignorância é que suas vítimas não estão conscientes de seu drama.” Ibidem. Falando sobre esse debate, o Dr. Michelson Borges escreveu: “Preconceitos à parte, infelizmente, ainda hoje, há muita ignorância científica por parte do mundo religioso. E, por outro lado, muita ignorância bíblica por parte dos cientistas. O que ocorre, então, é uma batalha de pensamentos diferentes que pouco ou nada conhecem do campo adversário.” (A História da Vida, p. 42).
Ellen White escreveu: “A natureza e a Revelação, ambas dão testemunho do amor de Deus. Nosso Pai celeste é a fonte de vida, de sabedoria e de felicidade. Contemplai as belas e maravilhosas obras da natureza. Considerai a sua admirável adaptação às necessidades e à felicidade, não só do homem, mas de todas as criaturas viventes.” (Caminho a Cristo, p. 1).
Como diz o físico Marcelo Gleiser: “Em ciências não se pode afirmar nada com certeza absoluta. A ciência não funciona como verdades finais.” (Marcelo Gleiser – Físico brasileiro). Se em ciência nada se pode afirmar com certeza absoluta. Não se pode confiar em seus métodos e paradigmas com relação à explicação da criação e da existência de Deus.
Gleiser explica que Einstein destacava a relação do homem com o mistério, ele enfatiza que o que o homem conhece é apenas com uma ilha, que ao seu redor está um oceano do desconhecido.
A Bíblia diz que Deus “... apanha os sábios na sua própria astúcia;” (Jó 5:13). Se existe um oceano do desconhecido, então, o grande problema, não está em Deus, mas na estreiteza do conhecimento humano incapaz de explicar a Criação e seus mistérios. O salmista escreveu: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus.” (Salmos 53:1). Por outro lado. “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Um dia discursa a outro dia,e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.” (Salmos 19:1-4).
Deus se manifestou para conosco entrou no nosso tempo, assumiu um corpo e habitou entre nós. “Deus se faz conhecer” (Salmos 48:3). Muito embora o Salmista diz que: “Nuvens e escuridão o rodeiam, justiça e juízo são a base do seu trono.” (Salmos 97:2).
Deus é tão grande que não se pode esquadrinhar. Ele é Deus! Ele não se colocado contra a parede; não podemos colocá-Lo num tubo de ensaio e explorando biológico e quimicamente; nem tampouco podemos deitá-Lo num divã, diagnosticando psicologicamente. Deus não pode ser posto na berlinda. Tudo que podemos conhecer dele, diz a Sua Palavra: “Eis que isto são apenas as orlas dos Seus caminhos! Que leve sussurro temos ouvido dele! Mas o trovão de Seu poder, quem o entenderá?” (Jó 26:14).
“O universo é um conjunto perfeito que nos assedia e nos conquista com sua beleza e os seus mistérios.”
POR REDAÇÃO DO BLOG
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*DESAVISO: REFERÊNCIAS
BÍBLIA SAGRADA 2. BÍBLIA DE ESTUDO 3. Andrews 4. Almeida Revista e Atualizada
Casa Publicadora Brasileira II. Sociedade Bíblica do Brasil.
BORGES, Michelson, A HISTÓRIA DA VIDA, d. C.P.B, 2005,Tatuí, SP
ROTH. Ariel A. ORIGENS, ed. C.P.B, 2003, Tatuí, SP*
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