A sociedade globalizada está imersa numa verdadeira pandemia racial, com isso, as relações sociais se deterioram infalivelmente, provocando séria incisão entre as pessoas.
___A sociedade atual sofreu pouca evolução em matéria de respeito aos direitos humanos. A segregação racial nesses últimos dias tem crescido de forma exponencial, mesmo que muitos desconhecem o termo, apartheid, os resultados dessa segregação é semelhante ao período em que esse termo foi cunhado, manifestando o mesmo grau de desumanidade. Em pleno Século XXI, usa-se, o aposto, negro ou negra, como elemento distintivo entre indivíduos, como se a cor da pele fosse um fator preponderante para julgar competências uns indivíduos em detrimento de outros. Por diversas vezes escuta-se expressões do tipo: “Joaquim Barbosa Neto, é o primeiro Ministro, negro, do STF.”; “Mariele Franco, primeira mulher negra a ser eleita vereadora...”; Benedita da Silva é a primeira mulher negra, a ser eleita prefeita de...”; “Barry Black foi o primeiro capelão, negro, do Senado Americano...”, e por aí vai. Percebe-se o tom de surpresa na voz e um olhar de espanto nos interlocutores. Tornam-se juízes dos homens, atribuem-se valores diferentes aos indivíduos, de acordo com a epiderme; julgam-se a capacidade conforme a raça; qualifica-se os méritos de acordo com uma visão periférica e restrita fundamentada no preconceito e na ignorância. Não conseguem ver além da pigmentação epitelial do indivíduo.
Consequentemente, fica implícita a ideia de que a cor negra interfere, na condição intelectual do indivíduo em relação a outro de coloração considerada mais “nobre”. Barry Black declarou que recebeu diversos e-mails com expressão de baixo escalão para atingir sua pessoa. Um deles dizia: “Todos os negros são incapazes e incompetentes, e você não é exceção. Você pode ter tido sorte suficiente para obter uma estrela, mas nunca vai chegar a ter duas. Você será desmascarado antes disso, seu fingido, seu impostor.” (Sonho Impossível, p. 25).
O racismo existente na sociedade contemporânea, mostra que o homem ainda não superou os seus preconceitos. Apesar de ter progredido em ciência, declinou em matéria de tolerância. Embora a o homem tendo avançado em tecnologias, deu largos passos para trás, em relação aos seus valores morais. De acordo com o Dr. Hernandes Dias Lopes: “É possível que o homem alcance o apogeu do conhecimento da filosofia, da Ciência, da informação e da formação intelectual, e ao mesmo tempo navegue nas águas mais turvas da ignorância.”
Se os homens, ainda julgam, as pessoas pela cor de sua pele, isso mostra a face rude de sua obscuridade. Martin Luther King Jr. em seu famoso discurso, exclamou: “Eu tenho o sonho de que meus quatro filhos viverão, um dia, numa nação onde não serão julgados pela cor de suas peles, mas pela qualidade de seus caracteres."
Uma mulher branca disse ao diretor do hospital, onde trabalhava o Dr. Ben Carson, neurocirurgião de fama mundial: “Sinto muito, mas não quero que um médico negro cuide de meu caso.” (Ben Carson, p.114). Ela se referia ao médico Dr.
Benjamin Carson. O declínio moral do ser humano cada dia atinge um nível mais reptiliano. Porém, nem tudo está acabado, existe pessoas que assim como King Jr, que sonha com dias melhores, em que cada um respeitará o outro independente da viscosidade de seu cabelo ou da cor de sua pele. Parafraseando o personagem de Mel Gibson no filme, (O Vale da Sombra da Morte 2002): ‘Sonhamos com um dia em que você lutará pelo homem ao seu lado, como ele lutará por você, não se preocuparão com a cor sua pele ou com o nome que ele dá a Deus.’ Quem sabe um dia a cor da pele, não seja um obstáculo para obscurecer o coração de outros a enxergar a verdadeira essência do seu ser - que se esconde atrás da pele. Como diz em, O Pequeno Príncipe: “O essencial não é visível aos olhos.” Só o coração pode ver.
POR REDAÇÃO DO BLOG
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*DESAVISO: Crédito do Texto: L.Cruz*
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