De acordo com Santos (Meditações Diárias 2020, 26 de março). “O conceito de celebridade não é novo”, ele remonta ao Século XV, da nossa era. Logo nos primeiros livros “publicados em 1616 na Inglaterra,” grande parte deles foram ocupados discorrendo sobre a vida de pessoas famosas. Em séculos mais recentes, com o advento, da televisão, do cinema, da Internet e das redes sociais, o tapete vermelho tem sido estendido para o desfile das celebridades. A Mídia, de modo geral tem adestrado as massas para cultuar essas personalidades. Segundo Ziraldo (Ibidem): “Há celebridades por todos os lados: nas artes, nos esportes, na política, no empresariado, na comunicação, na religião, na ciência, e em outras áreas de atividade”. As redes sociais possibilitaram também, que pessoas comuns tenham seus minutos de fama e de glória. Há, no entanto, pessoas que se tornaram verdadeiras celebridades sem que estivessem preocupados de estar sob os holofotes. Entretanto, alguns indivíduos fazem de tudo, com o objetivo de alcançar notoriedade, adoram ser realçado pelas luzes da ribalta.
Nos dias em que Jesus esteve aqui na Terra, havia também, os dois tipos de celebridades. Um deles é João Batista, que não estava procurando projeção pessoal. Ao declarar o objetivo de sua missão ele diz: “Convém que Ele cresça e que eu diminua”.
O outro modelo é identificado no fariseu, numa parábola (O fariseu e o publicano) contada por Jesus. O fariseu tinha a síndrome de grandeza. Ele tinha uma visão superestimada de si mesmo. Ele cultuava a si mesmo, gostava dos holofotes, impressionava-se ante a sua imagem. O Dr. Hernandes Dias Lopes, ele diz que o fariseu talvez se olhava no espelho e cantava: “Quão Grande és Tu”. E Lucas o relator dessa parábola contada por Jesus, declara a motivação de Jesus em contá-la: “Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, e por se considerarem justos, e desprezavam os outros” (Lucas 18:9). Que tragédia! Muitas pessoas hoje tornaram-se ‘verdadeiras celebridades’, são cultuadas por si mesmas e por outras pessoas.
O ser humano é muito vulnerável, deixa-se enganar por coisas espetaculares com muita facilidade. O homem se satisfaz de forma ingenuidade por aquilo que embriaga os olhos. Deus, não vê como vê o homem. Ele não Se impressiona com o verniz de nossa ortodoxia. Ele sonda o âmago, Ele prova o coração.
Como diz em O Pequeno Príncipe: “O que vejo é apenas uma casca. Mais importante é o que não se vê...” (p. 80). “É muito simples: a gente só vê bem quando vê com o coração. O essencial é invisível aos olhos.” (p.74). “Mas, os olhos são cegos. É preciso ver com o coração.” (p. 82).
O que é lamentável é que alguns pregadores e cantores cristãos tenham enveredado pelo caminho das celebridades seculares. Com isso, emergiu um fenômeno, o que o Dr Lopes, chama de “tietagem evangélica”. Porém, “A obra de Deus não precisa de holofotes. Onde há muito estardalhaço, muito barulho, normalmente, não há nenhuma manifestação do poder de Deus. (LOPES, 2012, p. 42). Não há lugar para projeção humana na causa de Deus. “Sempre que o vaso chama mais atenção do que o tesouro nele contido, algo está errado.” (LOPES, 2018, p. 51). White escreveu: “É quando os princípios vitais do reino de Deus são perdidos de vista, que as cerimônias se tornam numerosas e extravagantes. É quando a edificação do caráter é negligenciada, quando falta o adorno da alma, quando é desprezada a simplicidade da piedade, que o orgulho e o amor da ostentação reclamam magnificentes igrejas, esplêndidos adornos e imponentes cerimônias. (WHITE, Profetas e Reis, p. 565). Em outras palavras – Quando falta essência interior, há uma tentativa desesperada de compensar com vestimentas exteriores.
A verdadeira celebridade não é autodeclarada, nem auto promovida. Não cabe ao homem esse privilégio. Jesus explicou o contraste entre Sua filosofia e a filosofia do mundo. “Quem quiser tornar-se grande importante entre vocês deverá ser servo.” (Mat. 20:26 NVI). E cada um receberá de Deus o Seu louvor. (I Cor. 4:5). A verdadeira celebridade é exaltada por Deus.
POR REDAÇÃO DO BLOG
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